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segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Incansável dançava a bailarina
Como se o tempo não passasse,
Como se sua alma não morresse,
Como se não fosse sua rotina.

A tristeza agitava a massa de carne cansada
Sentia suas mãos comprimindo as narinas
Complicando a respiração já fadigada
Ouvia atento a toada das meninas.

Ambas bailavam naquele salão,
Uma dizia sim e a outra não,
A tristeza rodopiava,
A bailarina saltava.

Entres seus passos havia solidão
Mesmo que ele a observasse,
Mesmo que ela não o notasse,
Tocaria a desolação.

Seus olhos como o espelho
Refletiam sua alma sombria
Ela olhava para o velho
E satisfeito, ele sorria.

Ninguém mais sabia
Quem chorava, quem sofria,
Todos eram prisioneiros
Da mesma agonia.
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