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sexta-feira, setembro 22, 2006

Sou realista
Doce argumento
Para enxergar a vida amarga
A realidade das roseiras
São os espinhos
Enquanto as rosas não desbrocham
E mesmo em fina flor
Ainda estão lá as lanças
Rosas são minoria
Belas como a felicidade
E duram tanto quanto
Já os espinhos
Ai os espinhos
São farpas agudas
Em meu peito abtuso
Enquanto roseira
Espinhos.
Agradecimentos especiais ao fotógrafo Alexandre Costa, autor da fotografia
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quarta-feira, setembro 13, 2006


Cante uma canção enfadonha
Dessas muito medonhas
E veja se desperta do pesadelo que sonha
Cante o copo com água, o laxante!
O descongestionante, o calmante!
Cante para matar o tédio
Que contra a vida
Não há remédio
remédio
Que não seja a sorte
Que não seja a morte.
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quarta-feira, setembro 06, 2006

número 9 - Cláudio B. Carlos (CC)

Ainda não entendo como pode haver tantos analfabetos, numa nação tão rica culturalmente, como a nossa. Deixo aqui minha indignação com os rumos da educação neste país, uma pequena homenagem sarcástica ao “dia da educação”, que deveria ser todos os dias!

Quanto mais bebo desse mundo mais entendo minha sede, e como é maravilhoso viajar nas letras, nas lendas de outros, sinto-me ofendida por saber que é privilégio para poucos.

Pois bem, vamos falar de coisa boa, que é o que me inspira toda semana, apresento a vocês, dentre tantas outras felizes, mais uma descoberta: Cláudio B. Carlos (CC), um gaúcho, nascido em 1971, na cidade de São Sepé, poeta e prosador.

O que me chamou a atenção nos textos de Cláudio, sobretudo em sua poesia, é a vivacidade de sua musicalidade, os poemas são carregados de aliterações, que dão um tom de canção aos versos, alguns com melodias ansiosas, outros com sons concretos como prego na madeira, ou um coração ressoando.

Cláudio consegue externar seus ecos interiores, e o faz com maestria, usa figuras de linguagem que nos fazem sentir incomodados com as “pedras no sapato”, indignados com as verdades cruas que apresenta. Imprime em sua obra a infância, a realidade, a religiosidade, a sensualidade, em seu vocabulário desnudo de pudores.

Não sei se é uma coincidência ou uma característica, mas percebi que em alguns de seus textos existe uma ode, um amor à sua terra, às suas raízes, notei o mesmo sentimento em alguns trabalhos de Carpinejar, que também é gaúcho.

O escritor tem cinco obras editadas: “Um poema para Elena”, “Um arado rasgando a carne”, “O aprendiz de Poeta”, “A pedra da Realidade” e “temporais atemporais tempo temporão”, os dois últimos livros citados são artesanais.

Em seu blog, o leitor encontrará poemas concretos, profanos, escatológicos, simbolistas, modernos, uma diversidade de boa literatura. Vale a pena conferir!

Recomendo:
Quem ama o feio...
Poema Temporal
Poema Temporal 2
Tormentas de setembro
Como gato que fica sem dono
Zoológico Ilógico
Sobre um servo imperfeito
Catarro
Donde brota o salobre
E tantos outros poemas sem título

Sítio:
www.claudiocarlos.pop.com.br


Blog:
http://balaiodeletras.blogspot.com

Boa semana, e até a próxima!

O objetivo maior do meu trabalho é a troca, por isso há espaço para comentários no rodapé da página.

Dúvidas ou sugestões:

larissapin@hotmail.com
Depois que parti de mim
Escrevo cartas intensas
Sem fim
Rabiscos tortos
Inúteis
E essa casca
Convalescente
Insiste em gritar,
Chorar, sofrer,
Clamar pelo que já fui
Mas esse que observa
Já não quer mais voltar
Busca ainda seu rumo
Está preso a esse tema
Fatídico e ignóbil
Como as canções repetidas
Em semitom
Não mais
Não mais.
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