vê como é livre a folha
que vai e vem
sem se prender
sem temer a voar
é a música do perder
e vai e desaparece
rodopia e reaparece
como uma contradança
entra em parafuso
e some e se vê
sabe bem dos sussurros
que o ar dá ao lhe levar
e a tola roda, roda
olhe a folha cansada
que se entrega a sorrir
sem se preocupar
com o que é
oh, pobre folha
que se atreve a voar
com a força do vento
e se contamina com
essa onda quente do vento
e está tão entregue
que já nem é
2 comentários:
Larissa, seus poemas são enxutos como haikais, estilo do qual gosto muito.
Parabéns!
Cesar
obrigada, Cesar Cruz, apetece-me o elogio e o cuidado ao perceber-me minimalista.
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