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sexta-feira, março 15, 2013

casca


se gritar meu nome
com voz ocre
e fingir que não ouço
deitada sob seu peito
agudo e só, não me culpe
o silêncio é fardo
das dores que trago
como os golpes
que me infligira
ainda em seu ventre
por não chorar me calo
antes que me estupre.


Um comentário:

Edvan Moura disse...

Olá,
sem querer achei seu blog e gostei do que li.
seu estilo é bem interessante. Por que há anos que não leio poesias assim - robustas e realistas, sem deixarem de ser leves,- de uma poetisa.
Vou colocar seu blog nos favoritos e vou tornar a visitá-la. Continue assim, quanto mais poesia, melhor a vida! ;^)