a imagem de teu corpo
não me fere mais como antes
mesmo que a morada inerte
insista em gritar
o espelho da cômoda
reflete meu olhar nocivo
foi-se o tempo que esperava
trago o cigarro entre os dedos
é tudo que preciso
há um certo brilho na caduquice
como se o esquecimento fluísse
pelas veias cansadas e sonolentas
não há mais o alvoroço matutino
não há mais o revoar vespertino
e a noite desce lenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário