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quarta-feira, maio 30, 2007

(fotografia de Simon Pais)

Primeira elegia

a pena e a mente travam uma luta
do querer e não querer
debulhar o rosário de adoração
pelo homem
a pena revoltada
por não ser o centro
chora em mata borrões
pesados e nega-se à escrita
enquanto a mente produz
o mais perfeito verso
preso em algum céu de boca
desconhecido
vago visgo da falta de retórica
primeira de tantas que viriam
primeira elegia ao homem que fala
“Ai, ele fala, em meus ouvidos pagãos!”
sussurra em orações profanas
o sonho ladino de noites
não dormidas,
só quero ouví-lo
nos risos silenciosos ou não
na boca perfeita
no conjugar do gozo imperfeito
que procurei por largo tempo.
Convido você, caro leitor a conhecer:

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4 comentários:

Anônimo disse...

Intenso, o homem te move! Belo poema!

Leandro Jardim disse...

Hmmmm, bom! Gostei!

"enquanto a mente produz
o mais perfeito verso
preso em algum céu de boca
desconhecido"

é excelente!

beiJardins

Anônimo disse...

Gostei muito...com certeza coltarei mais vezes...beijos e uma linda semana

Anônimo disse...

Cheguei aqui por conta do blog do Aluisio, e adorei o que vi. Êxtase puro!