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quinta-feira, abril 17, 2008





“O homem não é a soma do que tem, mas a totalidade do que ainda não tem, do que poderia ter.” - Jean-Paul Sartre

autodestruição

desejei o submundo
o cais do porto
a maresia que guarda tudo
o cheiro da morte

faltou-me o nome
sobrenome, pão
memória e costela
e ainda quis o desterro

destruí minha retórica
remoí minhas vísceras
e servi no jantar
com vinho barato

venéreo, contaminei algumas
virgens astutas
doces prostitutas
e carolas malamadas

desfolhei cadernos
anotações rasas
versos nulos
para amores vãos

e só tenho o que não quero
palavras falhas
mãos calejadas
e pensamentos execráveis

a vaga lembrança
que resplandeci
talvez amei, não sei,
já faz tanto tempo

antagônico aos desejos bobos
quereres utópicos, ouro dos tolos
almejei apenas ser sozinho
e não sou.

3 comentários:

André Lasak disse...

Caramba... de cair o queixo...


E, aproveitando o elogio, depois de uns bons meses voltei à ativa com o Quimera Ufana…

Apareça lá pra tomar uma cervejinha. ok?

Beijão!

Gustavo Santiago disse...

What a fuck is this?
fuck cristh!
i love it.

que tiro na barriga...
amei.
vou voltar

Larissa Marques - LM@rq disse...

gustavo, sinta-se em casa!
andré sê bem vindo, de novo!