o terceiro arco
a guardar a dúvida
do que mais seria
noutro marco
noutra Brasília
sem cantar paineiras
nessa secura ortodoxa
sem ter porvir úmido
ou esperança que algo mude
transmutamos monumento
presos no calo mentiroso
que ele ostenta para
ocultar a verdade que grita:
meu amor não é meu
nunca foi
a tarde poderia insistir
mas ela devagar anoitou
e arcos um sobre outro
em olhos paranoados
entregaram-se mancos
e a ponte JK é o limiar
desses silêncios
traz a pulsação alterada
do sim que neguei
e do tempo que ele não tem.
Um comentário:
Gosto da sua poesia e da dezena de ícones espalhados por ela.
Grande abraço!
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