desejei-te hoje
como quem quer palavras simples
ou quem ora ao vento
um grito no escuro
vaguei de olhos fechados
e trouxe-te em meu ventre
lascivo
beijaste meu soul
tomaste meu gozo
e na ilusão de ter-te
duvidei da realidade
és algo
mistura passado e futuro
sem escanção e repleto de luxúria
invadira minha mente, meu corpo...
ciente do esgarço das rimas,
da libertinagem do verbo
e da lascidão do imperfeito
sem explicação, somos
suportamos a vida
e levamos a letra assim
Vivi sóis de verão
vemos tardes cinza
e noites paulistanas
tatuadas em minha pele.