Pesquisar este blog

quarta-feira, dezembro 29, 2010

dorme,



















e quando acorda nada diz
enquanto ela veste o manto negro
e sai

desce as escadas
sem olhar pra trás
tomada de algo novo
quase nocivo

rememora o caminho
de volta e ignora
a Constante Ramos
com a Barata Ribeiro

esquece suas unhas carmim
que defloraram o úbere
e as horas insones
sobre o dorso dele

dorme,
que foi só um sonho bom
e ela só levou-te a pele
sob suas unhas
e deixou gozo sobre seus ais

a mulher adormece deusa
e acorda puta
cata suas sombras
disformes, inodoras
e some

dorme,
e quando acorda nada diz
enquanto ele se cala sob o negro
e vai.

segunda-feira, dezembro 20, 2010

quase tudo


















afirma o tantra
o quase nos acalanta
que de tentar mudo
o silêncio canta

que mesmo infindo
sentimento segue calado
há o porvir da letra
do ínfimo legado