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domingo, novembro 04, 2007



Rubi
(epitáfio para um amor antigo)

Virgem carne pura
Das frutas, a primeira madura,
No teu rubro vivo
No teu fulgor ativo
Cai à terra,
Deixa enterrar-se,
Encharca-se de mundo,
Até ao teu máximo, profundo.
Não deixando perder a noção,
Mas divagando em tua própria dimensão.
Ah, outrora doce e viçoso,
De aroma inesquecível,
Jamais degustado,
O fruto intocado.
Nenhum beija-flor teve o prazer
De sugar-te o néctar ao florescer.
Jaz agora no leito inerme
Ferido e abocanhado por vermes.

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