abri os olhos no canto
na sombra estrangulada
e com o rosto encoberto
pelas mãos não oro
as sombras dançam
pelas frestas do desconhecido
máquinas modernas contrastam
com medos ancestrais
o móbile do berço gira
como ponteiros que rogam
pelas portas doutro dia
sem amanhã
as pragas tomam o real
demônios não fogem mais
e meu filho único chora
esqueci as cantigas de ninar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário