fala morta!
solta a gramática
nos palcos
que embalaram-te em vida
viaja em tua barca do inferno
rumo ao purgatório
ou envolta-te de redenção
que nas alegorias lisboetas
das obras de Gil Vicente
que tanto encenaste
gritam velhas e ninfetas
à procura de teus olhos castanhos
absoluta em tua glória
fala, Cacilda Becker!
que não ousaria definir-te.
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