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quarta-feira, setembro 29, 2010

amanhece,

















em marina, em solo
de cabelos negros
sorriso de menino
chega-me e vá embora

deixe,
tudo está em calma
o mar em ti flutua
o sol em mim atua
um misto de solidão
e cura

deixa,
que amor é o melhor
é bem e o mal maior
que nos atinge em fúria
na luta de história sã.

terça-feira, setembro 21, 2010

somos




















a dança do caminhante com o alado
a mistura do amargo com mel
o cruzar do perfeito com o manco
a luta do lápis com o papel
do preto com o branco
do silêncio com o falado
do livre com o rimado

somos apenas o traçado



(fotografia de minha autoria)

segunda-feira, setembro 20, 2010

interpoética
























a palavra reles meretriz
na boca de meu poeta fugaz
apodrece e me faz
desejá-lo ainda mais

não preciso de matiz
se nas nuances disformes me faz feliz
e em sua língua
rouca suspensa me traz

se o poema sozinho se diz
e nem todo verso apraz
seu verbo me é cicatriz
e todo resto jaz.

quarta-feira, setembro 15, 2010

água
























em sua boca
sou fluida
quase falida

em ventre
o gozo
quase parida

em lábios
essência
saliva