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quinta-feira, outubro 04, 2012

das mil vezes que morri
















das expiações

que me submeteu
nada me importa mais

esperei meses por sua boca
e seu calar me traiu
ri e zomba de mim
não me preserva mais

dos infinitivos que amei
restou-me o pretérito
conjugado em meu peito

suas mãos

sua ausência e desprezo
me desgovernam

dos milhares de nãos
há ainda seu cheiro
que mal me libertei

é em mim
silêncio, dúvida
amor e caos