quinta-feira, novembro 30, 2006
número 12 - Alexandre Costa
A descoberta de Alexandre Costa passou por essa lógica de pensamento. Esse carioca, que há 34 anos vive em Santos, formado em Comunicação e Tecnologia (enfatizando as áreas de rádio, televisão e cinema), fascinou-me num primeiro momento pelas imagens que cria. Ao me deparar com os trabalhos, que esse fotógrafo imprime, encantei-me e deixei-me levar também por suas palavras.
A escrita de Alexandre é suave, traz a marca de sua alma de poeta apaixonado pela vida, pela arte. É um otimista, e sem deixar de lançar seu olhar crítico e contestador, consegue afagar os olhos e a alma do leitor.
Tem um olhar poético da figura feminina, o que mais me atraiu foram as imagens femininas que ele produz, em geral, com elementos da natureza, flores, folhas, terra, mescladas com corpos nus ou seminus de mulheres belas.
Em seus textos, mistura prosa, verso e exala seu estilo leve, mas abrasivo. Traz uma realidade corriqueira, carregada de sentidos próprios. Suas fotografias e seus textos poderiam ser divididos por séries sazonais, como inverno, verão, primavera e outono, os textos têm cor, um sentimento novo que ainda não havia experimentado.
O artista afirma gostar do abstrato na poesia, na pintura, na escultura e na arte, em geral.
Como já disse, não confiem em meus olhos, maravilhem-se com a obra de Alexandre Costa, um poeta visual, um prosador olfativo, tátil, que encanta nossos sentidos.
Recomendo:
Contos
O homem que queria ser Jabor – (todos)
Diário de Penélope- (todos)
Poesias
Na cama macia um corpo dormia
Aqui estou a olhar este céu
Ao ouvir tuas letras
O caminho
A janela – entre tantos outros.
Blog:
http://contosecultos.blogspot.com/
Boa semana, e até a próxima!
Agradecimentos especiais à Caroline Schneider, que gentilmente revisa meus textos.
O objetivo maior do meu trabalho é a troca, por isso há espaço para comentários no rodapé da página.
Dúvidas ou sugestões:
larissapin@hotmail.com
quarta-feira, novembro 29, 2006
Perdida em tuas unhas negras
Que quase revelam tua alma
Mergulho num fosso sem fundo
De onde não quero voltar
Já não ouço mais vozes
Não vejo mais gestos
Nem se dá conta do desprezo
Que me cabe
Restam de ti tuas linhas retas
Tuas caricaturas de overdose
Teu desencanto que beira ao encantamento
Tua vontade vazia de estar d’outro lado
E tuas unhas negras
Que bailam sobre meu olho absurdo
Que teimam em me guiar.
Convido você leitor, para que visite meu blog de prosa:
http://www.calamidadevisceral.blogspot.com/
quarta-feira, novembro 22, 2006
Temo silenciosa por sua alma
Sem suspiro numa inquietude vazia
Quase numa sombra de calma
Nesta plenitude de melancolia.
Por certo essa aflição
Que me ferve o sangue
E dispara meu coração
Faça com que se zangue
Mas essa angústia me assusta
Tenho medo de me perder
E numa curva do rio te esquecer
E minha mão na escuridão te busca
Mas já não sou a luz que te ofusca
E nem o sol pra te aquecer.
Convido você leitor, para que visite meu blog de prosa:
http://www.calamidadevisceral.blogspot.com/