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sábado, dezembro 02, 2006



A primeira veio só,
Pedia qualquer coisa,
Mas estava belamente vestida,
Cheirava bem,
Caminhava altiva,
Não exigiu muito,
Quis um afago,
E ao receber,
Foi-se.
A segunda, também veio só,
Pedia algo mais,
Tinha vestes desbotadas,
Não usava perfume,
Caminhava insegura,
Mas pediu um pouco mais,
Queria meu beijo,
E ao receber,
Foi-se.
A terceira veio acompanhada,
Não pedia nada,
Tinha as roupas rasgadas,
Era mal cheirosa,
Caminhava amparada,
Mas sua companheira quis a mim,
Queria minha alma
E ao tomar-me
Percebi que todas as outras eram eu, e fui.
* A ilustração é de minha autoria.
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Convido você leitor, para que visite meu blog de prosa:

7 comentários:

Augusto Sapienza disse...

Só uma palavra:

Tocante!

Bjs

Anônimo disse...

Larissa, finalmente poderemos publicar as poesias que enviastes em primeiro de março para o Simplicíssimo.

Enfrentamos problemas técnicos com o e-mail para o qual enviaste tuas obras. O mesmo "comeu" tuas poesias e só as regurgitou agora. Parece Melamed, não?

Precisamos, entretanto, que complete teu cadastro no Simplicíssimo e envie tuas poesias (ou prosa) através do formulário específico no site.

Um grande abraço e muita sorte com seu livro. Estamos fundando uma editora literária no próximo ano (http://sillencio.org)

Anônimo disse...

Nós somos mistérios dentro de nós mesmos!
Um grande beijo e sucesso com o livro!

Mauro Pereira da Silva disse...

Larissa, obrigado pela visita. Excelente seus escritos, parabéns. Abç. Phylos

Anônimo disse...

Eu sempre percebi que "Terezinha" de Chico Buarque tem 3 momentos e o homem mais simples será escolhido " ... ele não me trouxe nada ..." Aqui é diferente. É um descodificar esfinges e encontrar-se consigo mesmo. Riodaqui.aí.com.você/paulo vigu

Larissa Marques - LM@rq disse...

Vigu, foi um dos poucos que viu-me tão clara nesse poema, fico feliz com isso! Beijo daqui, e rio de cá!

Anônimo disse...

Larry, estava te devendo uma visita a um tempão! Poxa vida, concordo com o Vigu, existe nesse poema uma busca, uma luta contra a esfinge - que tem o mistério desvendado e não te devora, ainda que descobrir o mistério, nesse poema, pareça apenas o inícido de algo! Muito bom, menina. Olha, quero destacar também a tua ilusração, que é novidade para mim! Abraços!