Meus dedos aflitos,
Nicotínicos
Estão exaustos
Cansados de mim
De minha enfadonha rotina
Sou repulsiva aos olhos alheios
E muito poucos me entendem
Seguro inconstante
Meu cigarro
E meu tesão por Baudelaire
Não almejo mais nada
Que não seja a fumaça
E o gozo patético
Das palavras
Proparoxítonas
Presas no átono tom
Sou avessa aos sons
E a melodia me detesta
Tenho calo nos olhos
E as rimas estão em orgia quântica
Longe, bem longe desse equívoco
Que é minha poesia.
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