despiu-se de suas saias negras
por esquecer do que trazia
debaixo delas
rodou em seu terreiro
colocou fogo no mundo
vencidos
os olhos fitavam-se
esboçou um sorriso
fitou suas unhas carmim
pele alva
quase transparente
não queria saídas
queria desenrolar fitas
e ali, despida
morna, sem orgulhos breves
urinou-se, banhou-se,
sufocou-se
na tentativa de abrandar os braseiros
e passeou entre
a melancolia e a felicidade
teve vontade de gargalhar
mas não há mais o que escarrar
vestiu seu vestido de chita
e pôs-se a dançar.
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6 comentários:
E levanta a saia de chita! Vamos dançar maracatu! Lindo!
Diferente...! Mas, sempre belo!
Nunca a li assim, seria a vinda do circo de Soleil!
Baixou uma Rita Baiana, de Aluísio Azevedo. Ah, o despudor das mulheres às vezes me assusta. Há braços!
Antônio Alves
No Passeio Público
Postagens às quartas e domingos
entrega no formato de versos.
intenso!!
E a intensidade é feito pele em dia de frio: sempre há o arrepio e aquele aconchego em nossas vilas.
Beijinhos moça
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