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sexta-feira, janeiro 19, 2007




Um olhar distante
Talvez a engane
Tão profundos jorram
O sangue e a sorte
Mas ela é astuta
Não se engana o objeto estrangeiro
Nem a carne invadida,
Dilacerada, tomada,
Pode se sentir a dor alheia
E até compartilhar dela
Mas o gozo é solitário
Não comungado
Um dos olhos
Ateve-se um pouco mais
Em si mesmo
E avermelhado
Fechou-se
Num derradeiro conforto
Não lutou mais
Já não era um confronto
Era mais um encontro.
O outro permaneceu aberto
Como na espreita
Para uma única chance
Espera vã.
* A ilustração é de minha autoria

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4 comentários:

Anônimo disse...

Que bom te ler Larissa! Sempre.

Bjs

Anônimo disse...

olgo meio clarice, meio cecilia me foi posto ao ler-te..poeta de grande vazão e leveza

Claudio Eugenio Luz disse...

Minha cara Larissa, espero novidades. Retornei de férias e estou colocando as letras em dia. Agora, energizado pelo sol e mar da Bahia, com todos os orixas, espero acompanhar seus poemas e sua prosa.Hábeijos

Anônimo disse...

Olhares distantes sempre quase sempre vêem pouco. Abraço! Também gostei da ilustração.