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quarta-feira, março 26, 2008



balada da mulher cansada


manhãs douradas
que não suportam
o peso dos ombros
de uma proletária
da fábrica e dos amantes

a escrava da balança
a herdeira da pobreza
sem força para ser bela

solitária
entre o caos concreto
e coágulos de vida

não alimenta o céu
nem amamenta
e acalanta o dia
dorme no metrô

mas não lembra dos sonhos.



(fotografia e poema de minha autoria protegidos pela lei de direitos autorais)

Um comentário:

Anônimo disse...

Larissa,



essa "herdeira da probreza" foi genial!


Abraços, flores, estrelas..