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segunda-feira, junho 11, 2007


Vadio e vago
Canta meu verbo
Arredio de rimas
Preso em versos
Bravo e seguro
No atono tom
Falta-te sonhos
Odeia ilusões

Cândido e vencido
Amarelado e puído
Rasga-se em notas
Oxidadas como a vida
Vê o verso parido
Falho e carcomido
Que desce como baba
Viscosa e mal cheirosa

Tardio e avulso
Solto de impulso
Numa voz que se cala
E num descuido fala
Vá e sê livre
Rompe a dor interna
Instala-se nos cantos escuros
E nas sombras da ignorância.

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6 comentários:

Lunna Guedes disse...

Linda noite que passa com calma e se perde em mim e por mim...
Estou atualizando meu sistema e como instalei uma versão mais moderna do explorer, estou favoritanto você novamente. Já tem o link no blog, mas é mais fácil por aqui.
Beijos linda...

Anônimo disse...

Forte! Suas poesias são sempre fortes assim, dizem sem rodeios o que querem dizer, não se importam com 'marcas' estabelecidas pelo genérico. Falam fundo.
Bjs!

Antonio Junior disse...

A palavra é um parir de idéias. Sai toda distorcida e aos poucos ganha forma e beleza, cresce, desenvolve-se, casa, tem filhos. E o melhor: não morre. Há braços!


Antônio Alves
No Passeio Público
Postagens às quartas e domingos

otto M disse...

A sua poesia pode sofrer metamorfoses, mas sempre levará em si um aspecto imutável: o impacto e o aspecto escatológico que nos remete, inevitavelmente, a pensar na condição humana. Tua poesia é como uma folha outonal mergulhada no lodo das ruas.

Eis algo para você pensar, algo que talvez te tire desse estado letárgico que você está.

Alexandre Lucio Fernandes disse...

que intenso Larissa.
Por isso me admira vir aqui.

o que sempre encontro me fascina.

Perfeito

:)

bjos

Anônimo disse...

A cada verso sinto-a diferente, mas isso não assusta, encanta!