No dia da fome
Os bolos se divertem
Pães doces, salgados,
Biscoitos, guloseimas...
E na incompreensão
Das coisas
Da linha entre a gula
E o desperdício,
Entre a inanição e a saciedade...
Uns clamam pelas tetas da fartura
Outros só querem tetas
De mães mortas ou dilaceradas.
Na hora da fome
Há quem coma,
Há quem clame,
Há quem chore,
Há quem morra...
Enquanto mãos assinam sentenças
Outras mendigam
Rasgam o chão seco
Chão morto
Na esperança de colher,
Mas não haverá fruto
E já não há nada.
Apenas os bolos, bobos e tolos
Divertem-se.
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Convido você leitor, para que visite meu blog:
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7 comentários:
Fantástico!
Beijos...
:)
Divertem-se e engordam, de tanto bolo e pizza!
muito bom!
Na hora da fome, a insensatez prevalece, principalmente, entre aqueles que são responsaveis pela fome.
hábeijos
Incrivel este teu poema, gostei muito da mensagem que quiseste passar, beijinhos*
Muito bom Larissa. Uma verdade!
Oi, Larissa, td bem? Adorei ter recebido em casa a Bagaceira, viu? Ótimo trabalho vc tem feito, parabéns! Aproveitar pra agradecer o espaço, a divulgação, esse seu "semear poético", muito bom, mesmo!
Adoraria participar, claro. Qd devo enviar?
tks, beijo!
Larissa, forte este teu escrito, mas real. E vamos vivendo em uma sociedade totalmente dispar.
Abraços,
Angel Cabeza
www.angelcesar.zip.net
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