Desalento
Uma vez fui musa de alguém
Mas não me dei conta do que acontecia
Sentei-me na margem de meu abismo solitário
E deixei-me voar por entre as falésias
Adaptei-me ao ambiente sombrio
Conheci as voltas dos quatro ventos
Que giram sem parar, entre nós,
Acostumei-me comigo
Vaguei esquecida pelo vale da morte.
Já não desejo mais ninguém
Revoltada, descrente em minha agonia,
Soturna, guardava sentimentos num relicário,
Troquei meus desejos por amnésias
Escolhi ser animal ferido, arredio,
Que não se importa com o desalento
Por entender que estaremos sempre sós
Acostumei-me comigo
E vago ainda pelo vale da morte.
Uma vez fui musa de alguém
Mas não me dei conta do que acontecia
Sentei-me na margem de meu abismo solitário
E deixei-me voar por entre as falésias
Adaptei-me ao ambiente sombrio
Conheci as voltas dos quatro ventos
Que giram sem parar, entre nós,
Acostumei-me comigo
Vaguei esquecida pelo vale da morte.
Já não desejo mais ninguém
Revoltada, descrente em minha agonia,
Soturna, guardava sentimentos num relicário,
Troquei meus desejos por amnésias
Escolhi ser animal ferido, arredio,
Que não se importa com o desalento
Por entender que estaremos sempre sós
Acostumei-me comigo
E vago ainda pelo vale da morte.
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Convido você leitor, para que visite meu blog de prosa:
http://www.calamidadevisceral.blogspot.com/
10 comentários:
Sartre diz: "estamos sós e sem desculpas". Sós e não só, isso quer dizer que vagamos juntos, apesar de sermos átomos, termos peculiaridades individuais, querendo ou não somos partes ínfimas coladas ao todo. Abraços, Antônio Alves
é isso mesmo! Achei brilhante o apagar da chama no mergulho solitário que o desamor proporciona! Deixo aqui meu cumprimento pela exaltação poética!!!!!!!!!
E que desalento hein? Sempre será musa de alguém, queira ou não. Beijos!
Beleza de texto Larissa. Adorei ler você. Um abraço e muita inspiração para você!!!
Acostumar-se é descobrir-se, encontrar-se? A margem é um bom lugar para se assistir, mas não para participar... Viagem...
Abraços de Belém!
isso dá que pensar!
... e lembra-me alguém q já havia desistido e vagueava também pelo vale da morte, mas nunca se conseguiu acomodar ou acustumar-se consigo próprio...
mas como a esperança é a última a expirar, e haverá sempre outro caminho... ele conseguiu descobrir o vale da vida!
ps: ola Larissa, não tens aparecido no esquisso! espero que voltes...
Não sei o que está acontecendo, se é o meu pc pu se é o blogspot que está passando por 'dificuldades técnicas', mas não estou conseguindo abrir; contudo, cá estou para lhe dizer que mais uma vez, com charme de quem sabe lidar com os sentimentis humanos, mais uma bela poesia.
hábeijos
Muita gente reclamou do blogspot, não deve ser seu computador!
Hmmm... esse tema que hoje vejo em poesia, me lembra um diálogo recém tido sobre uma prosa que por aí (se) passava...
Palavras em edifício são as construções lindas. Sua arquitetura de sentimendos arrebata.
bjs
Caramba!
Que foto marailhosa! Não consigo nem ler, não tiro os olhos da foto.
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