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terça-feira, abril 11, 2006

Confissão

Não tome meus versos como confissão
Mas como um desabafo crônico
Que teima em avassalar as entranhas
E queima em minhas palavras.
Não tome meus tormentos como seus
Pois não são
Tenho uma alma atormentada
E um coração cheio de amor vão.
Não tome meus sentimentos como água
Eles são densos como vinho
Rubros como sangue
Embriagam quem os degusta
Assustam os desavisados.
Não tome meus segredos
Pois eles são fortes como absinto
E ao mesmo tempo frágeis como o cristal,
Quebram-se como a esperança.
Não tome minha vida
Que é só minha
Não te permito
E me dou o direito
De tragá-la sozinha.
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2 comentários:

Anônimo disse...

L.I.N.D.O

Anônimo disse...

cOMO QUERIA ESCREVER ASSIM....

VOCÊ É UMA POETA NATA.

http://dudve.blogpost.com
http://cartasintimas.blog.uol.com.br