
Está nublado
Ali se esconde um poema
Por hora, perdido, falido,
Com rimas pobres, doentes,
Famintas talvez extintas,
Nessa selva que é meu ser.
Um suspiro profundo
Leva algumas nuvens
E me faz chorar
Chovem pétalas azuis
Nos campos por dourar
Ouvia alguém sorrindo
Como se o poema fosse vingar
Mas eram apenas sombras,
Nossas sombras espalhadas
Sobre o capim
Nus, bêbados do orvalho,
Que molhava nossos cabelos
Recordamos as velhas rimas
Do poema antigo
Esquecido por uma década
Numa nuvem que não caiu.
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9 comentários:
Ola...
Simplesmente perfeito... Começo lindo demais:
"O céu de minha boca
Está nublado"
Terminando com: "Numa nuvem que não
caiu."
Simplesmente fabuloso, uma procura pela poesia que sempre esta a rondar, e nós que sempre estamos tentando ordenar as palavras.
ADorei
Otimo dia
As rimas podem não existir, porém , as palavras ...jamais pobres, doentes,
Famintas ou mesma extintas; pelo contrário.
hábeijos
claudio
Larissa, por que o poema ficou perdido nesse infinito que o céu da boca? Por que as rimas se perderam no seu ser?
Abraços.
Perfeito e Nobre o seu poema!
Obrigado pela visita! É uma honra. Vc está nos meus favoritos!
"Nessa selva que é meu ser" - adorei esta frase, ela diz tudo o que somos... uma miscelânea de sentimentos, atitudes, pensamentos... adorei o todo. Beijos poéticos
Belo!
Abraço!
agora a bonança, pois teu poema já choveu!
"O céu da minha boca/ Está nublado". Lindo, lindo, lindo. Parabéns!!!
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