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quarta-feira, março 29, 2006


As nuvens teimavam em pintar o céu
E o vento oscilava entre teus cabelos
Negros e brilhantes como a noite
Que habitava teu corpo
Olhos fechados, imóveis,
Em tua cabeça arrancada
De teu pescoço.
Gentis as mãos pousadas
No chão frio, sem os braços.
E os pés dilacerados
Um para cada lado
Soltos de tuas pernas.
Enfim era uma cena encantadora
Um mar de sangue alheio
Mas já havia te avisado
Que eu escolheria a minha hora
Pedi que não tentasse me levar
Por que era tão insistente
Por que não foi embora
Apenas me vinguei de tuas mãos
A me sufocar
De tuas pernas a me apertar
Dos teus cabelos a me cegar
Mas ainda perdura a dúvida
Quem era a bela,
A paixão ou a morte?
Agradecimentos especiais ao fotografo Paulo Brasil, autor da fotografia que ilustra meu poema. Você poderá ver mais trabalhos do Paulo Brasil no endereço:http://www.flickr.com/photos/tags/paulobrasil/


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6 comentários:

Cláudio B. Carlos disse...

Olá!

Beijos do *CC*

Claudio Eugenio Luz disse...

Como um fio de cabelo suspenso entre as coisas que todos deveriam segurar.

hábeijos

claudio

Anônimo disse...

Querida Larissa, penso que a paixão é sempre um fio entre a morte e a vida. Gostei muito do poema e a foto está perfeita. Abraços.

P.S. Esqueci de lhe parabenizar pela crítica que você publicou do Alú. Adorei, muito bem escrita.

*Caroline Schneider* disse...

Como sempre, trazendo encanto e magia ao meu dia... Beijos

Warum Nicht? disse...

a morte simplesmente é: é tudo e é nada. a paixão é bela ( pra quem vê beleza no sofrer).

ps:
"foi mal". ou "foi mau", ou "foi maus"???
...vale tudo
um abraço!

Warum Nicht? disse...

aliás:
toda a vingança, mas não a vingança da larissa...(credo!)