As nuvens teimavam em pintar o céu
E o vento oscilava entre teus cabelos
Negros e brilhantes como a noite
Que habitava teu corpo
Olhos fechados, imóveis,
Em tua cabeça arrancada
De teu pescoço.
Gentis as mãos pousadas
No chão frio, sem os braços.
E os pés dilacerados
Um para cada lado
Soltos de tuas pernas.
Enfim era uma cena encantadora
Um mar de sangue alheio
Mas já havia te avisado
Que eu escolheria a minha hora
Pedi que não tentasse me levar
Por que era tão insistente
Por que não foi embora
Apenas me vinguei de tuas mãos
A me sufocar
De tuas pernas a me apertar
Dos teus cabelos a me cegar
Mas ainda perdura a dúvida
Quem era a bela,
A paixão ou a morte?
Agradecimentos especiais ao fotografo Paulo Brasil, autor da fotografia que ilustra meu poema. Você poderá ver mais trabalhos do Paulo Brasil no endereço:http://www.flickr.com/photos/tags/paulobrasil/
RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS E A PROPRIEDADE INTELECTUALCopyright © 2006. É proibida a venda ou reprodução de qualquer parte do conteúdo deste site.Este texto está protegido por direitos autorais. A cópia não autorizada implica penalidades previstas na Lei 9.610/98.
6 comentários:
Olá!
Beijos do *CC*
Como um fio de cabelo suspenso entre as coisas que todos deveriam segurar.
hábeijos
claudio
Querida Larissa, penso que a paixão é sempre um fio entre a morte e a vida. Gostei muito do poema e a foto está perfeita. Abraços.
P.S. Esqueci de lhe parabenizar pela crítica que você publicou do Alú. Adorei, muito bem escrita.
Como sempre, trazendo encanto e magia ao meu dia... Beijos
a morte simplesmente é: é tudo e é nada. a paixão é bela ( pra quem vê beleza no sofrer).
ps:
"foi mal". ou "foi mau", ou "foi maus"???
...vale tudo
um abraço!
aliás:
toda a vingança, mas não a vingança da larissa...(credo!)
Postar um comentário