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terça-feira, março 14, 2006

Vida

Vida que arrasta
Meus dias
Que afaga minha alegria.
Vida que voa com os ventos,
Que é a roda do tempo,
Que faz a rosa-dos-ventos,
Que leva e traz momentos,
Bons e ruins.
Vida que arde em mim
Que a cada dia
Aproxima-se do fim.
Vida latente, vívida velada.
Que se verga ao destino
Que troca meus sonhos de menino
Pelo gosto amargo do fracasso,
Que troca o laço de fita
Pela moça bonita
Refletida no espelho
E pelas rugas do tempo.
Vida, minha vitória,
Meu cansaço,
Meu nó, meu laço,
Versados no meu peito,
Meu direito e avesso,
Verso e reverso
De tudo que conheço
Que a morte é coisa da vida
E a vida é coisa da morte.

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20 comentários:

Anônimo disse...

Essa sua poesia é realmente linda. Conseguiste apresentar várias facetas da vida em um texto curto. Você tem coragem, pois as pessoas geralmente "mascaram a vida", ou seja, só atribuem qualidades a mesma. Existem pessoas que confundem realidade com pessimismo, vida com conto de fadas. Mas, ainda bem que encontrei esses seus textos que buscam desvelar de um forma tão bela a dualidade da vida, as perdas e ganhos.

Anônimo disse...

magnífico, simplesmente. as imagens e sonoridades das palavras pussui uma capacidade incrível de persuasão. abraço. Paulo Carvalho

Anônimo disse...

Por mais sombrio que possa ser um texto seu, o otimismo sempre se revela. Eu diria até de uma serenidade precoce. Um abraço

Anônimo disse...

Sem dúvida, a vida encerra todos esses paradoxos, que sua poesia reflete muito bem. Grande abraço.

*Caroline Schneider* disse...

A morte acontece, mas não existe. Só existe a vida. Beijo

Anônimo disse...

Pois é, Deus ou Satanás. Essta eterna briga entre o bem e o mal. Claro escuro. Somos tudo isto. Um misto de bondade e ruindada sei lá. Parabéns pelo seu texto. Escrever é isto. Simplesmente se expor. Sem medo. Sem preconceito. Um abraço,

Anônimo disse...

Parabéns por teu trabalho.Baixei teu E-book. Salveio-o. Com vagar,vou saboreá-lo por inteiro. Tuas poesias são inspiradoras. Continue a nos brindar com teu íntimo. Um abraço. Ramiro Sápiras.

Anônimo disse...

Linda poesia e pelos trabalhos seus que já li você realmente é muito talentosa. Abraços

Anônimo disse...

viajei nas rimas de seus versos amiga poetisa... a intensidade da vida se reflete em poemas como este. Seu estilo é encantador, e a antítese da vida e morte com a qual vc termina o poema é grandiosa. Parabéns!

Anônimo disse...

Sim, disse bem, A vida é coisa da morte, morte coisa da vida. --- A vida tem seus direitos e obrigações também. Ela exisge de nós aquilo que nós plantamos... Parabéns pelos versos!

Anônimo disse...

Ah! Quantas vezes eu recolhi, assim vazia, a laçada do meu olhar! Nem sei; eu não conseguiria contar! O vento do Planalto a espalhar a areia fina e multicolorida, o encanto dos meus olhos, que a minha mão criança deixava escapar no ar! E no vento, as vozes que vêm, não sei de onde, e vão sei lá para que mundos --- assim foi, é e será a vida, sombra ligeira! Abraço, CRStopa

Anônimo disse...

Larissa, Ao retribuir sua visita, tive a oportunidade de "conhecê-la" e a sua VIDA é maravilhosa demais! Adorei, amiga poetisa! Beijos&Beijos.

Anônimo disse...

LARISSA,o último trecho deste poema maravilhoso quase me matou de emoção: Vida, minha vitória, Meu cansaço, Meu nó, meu laço, Versados no meu peito, Meu direito e avesso, Verso e reverso De tudo que conheço Que a morte é coisa da vida E a vida é coisa da morte. Lindíssimo,amiga Obrigado por suas visitas e comentários gentis. Abraços Maurélio

Anônimo disse...

Faço minhas as palavras do nosso amigo Maurélio... Que talento. Beijos

claudio rodrigues disse...

OI, Larissa. Vim retribuir a visita que vc me fez. Minha caixa de bregueços é sua tb, disponha. E parabéns pelas poesias de vida.

Claudio

Anônimo disse...

Muito lindo, parabéns!!
http://dudu.oliva.blog.uol.com.br

Claudio Eugenio Luz disse...

Olá, recebi seu recado via canteiro.Porém, não tenho seu email. Estive meio adoentado.Entre em contado comigo, via email.

Claudio Eugenio Luz disse...

Olá, recebi seu recado via canteiro.Porém, não tenho seu email. Estive meio adoentado.Entre em contado comigo, via email.

Edilson Pantoja disse...

Imagem bela, texto indefectível. Casamento perfeito, coroado com os dois últimos versos, síntese de toda a Filosofia.

Abraços de Belém!

Anônimo disse...

Sua obra tem um quê de preocupação com o tempo, de como ele flui oscilante, às vezes tempestivo outras sereno. Neste poema são traçados vários momentos de uma vinta um tanto quanto melancólica, ansiosa pela certeza da morte. Abraços!