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quinta-feira, maio 11, 2006


O céu que nos vigia
Poderia ser o céu que nos condena
A essa vida pacata,
De rotinas macabras,
De vai e volta
Sem latência,
Na deficiência das horas.
Esse cotidiano que no cerca
Nos aprisiona no mar
De idéias ruminantes
Para prover o que não ter
Que insanidade...
Esse marasmo de nada,
Essa conduta respeitável,
Terno, carro, gravata, trabalho.
O esquecer dos dias de sol,
Agradecer os dias nublados.
E na televisão querem nos convencer
Que a meia vontade é o bastante,
Querem nos iludir,
Só precisamos de boa comida,
De um terno,
De um carro,
E uma gravata.
“Esforce-se”,
“Enforque-se”
Para quê?
Para quem?
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8 comentários:

kingthere disse...

A gente vive num mundo em que o ter é mais que o ser...

Passei aqui pra te desejar um feliz dia das mães.

Abraços.

Edilson Pantoja disse...

Que tal cantar, então: "Eu quis plantar uma manhã iluminada de sol..."?
Abraços de Belém!

Anônimo disse...

Lindo!!!!!!!!!!!!
Como sempre.

http://dudve.blogspot.com
http://cartasintimas.zip.net

Claudio Eugenio Luz disse...

Poema cruel, mas necessário; pois, é na "deficiencia das horas" que a gente encontra nosso tempo.Excelente.

hábeijos

Anônimo disse...

Enfim, estamos aqui na rotina, sem fazer nada. Que tal mudarmos, mudar tudo por nós, por uma boa causa?
Muito legal, Larissa!
Beijos!

Anônimo disse...

Feliz Dias das Mães pra você, Larissa.
Beijos!

whisper disse...

fico sempre feliz pelos teus comments no meu pequenino blog... muitos parabens pelas tuas novas poesias :) lindas cm smp! tem novo post no meu blog :) beijinhos

Anônimo disse...

Larissa, esse poema me seduziu de tal forma, que fui sendo devorado, uma frase sucedendo a outra numa naturalidade chocante! Gostei dimias!