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E o vento oscilava entre teus cabelos
Negros e brilhantes como a noite
Que habitava teu corpo
Olhos fechados, imóveis,
Em tua cabeça arrancada
De teu pescoço.
Gentis as mãos pousadas
No chão frio, sem os braços.
E os pés dilacerados
Um para cada lado
Soltos de tuas pernas.
Enfim era uma cena encantadora
Um mar de sangue alheio
Mas já havia te avisado
Que eu escolheria a minha hora
Pedi que não tentasse me levar
Por que era tão insistente
Por que não foi embora
Apenas me vinguei de tuas mãos
A me sufocar
De suas pernas a me apertar
Dos teus cabelos a me cegar
Mas ainda perdura a dúvida
Quem era a bela,
A paixão ou a morte?
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