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terça-feira, fevereiro 07, 2006

Braços e pernas cruzados
Num imenso emaranhado
De confusos tentos e brados
O corpo em fuso, embaralhado,
E a tortura de não saber
O que fazer
Com esse dínamo a aquecer
O peso ambíguo de viver,
A contradição das coisas
A contraposição dos fatos
A ação pela degradação
Construção pela destruição
A enfadonha arte,
Enfadonha,
De divagar pela vergonha
Até que se interponha
O senso, a razão,
Braços e pernas cruzados
Sem ter a solução.
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