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terça-feira, fevereiro 07, 2006


Cada sentença imensa
Do meu passado torto
Faz-se presente
No momento de dor
E é incessante o remorso
De tudo que não fiz
E do que não faço e posso
Mas a insanidade
Impede a lucidez.
E cada sentença imensa
Do meu passado torto
Faz-se presente
Em cada minuto iminente
Do meu futuro incerto
Em cada segundo morto
Do meu passado torto
É intento e faz-se dor
Em meu arrependimento.
Cada sentença imensa
Do meu passado torto
Faz-se presente
Nessa vida fútil
Nesse agora vazio
Nessa hora passante
Sem progresso pensante
De esse ser ruminante.
Cada sentença imensa
Do meu passado torto
Faz-se presente
Em lamentos.
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Um comentário:

Anônimo disse...

É isso aí, somos o resultado desse envolvimento promíscuo entre passado, presente e futuro. E o tempo, como disse Santo Agostinho, é aquilo que escapa: "Quando não me perguntam sobre o tempo eu sei o que é, mas se me perguntam eu já não sei". É assim que me sinto, se não me perguntam quem sou, eu sei quem sou. Mas se me pergutam quem sou, não sei dizer quem sou, porque todas as sentenças que eu usar não me definirá, pois ao terminar de pronunicá-las, certamente eu não serei o mesmo...