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terça-feira, fevereiro 28, 2006

As águas como as mágoas
Passeiam pelas anáguas
Das moças da cidade
Que vertem seus olhos
Aos rios que nelas deságuam
As águas como as anáguas
Entregam-se aos igarapés
Encharcam-se de mundo
Mergulham até o fundo
Para voltar à tona
Secam.
As mágoas e as anáguas
Apertam as carnes
Sufocam a alma
Por que tudo que queriam
Era não existir.
Agradecimento especial ao fotógrafo André Augusto Braga pela autoria especial dessa foto, cedida gentilmente para este blog.
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7 comentários:

Anônimo disse...

Olá Larissa. Obrigado pela força. "As águas como as mágoas" se misturam, assim como nossas poesias. bjs .... Fernando Terra

Anônimo disse...

Ser e existir enquanto anágua, sem mágoa, em cada verso, cada tom. Muito bom seu poema. Beijos!

Anônimo disse...

Interessante, seu jogo de palavras e sedução...

Anônimo disse...

adorei seu texto, bem firme e articulado, subjetivado, extenso e tem fluidez. obrigado pela visita, sempre é bom ter novos amigos, quando eu tiver um tempo vou te linkar, prometo. sobre o contador é só clicar no meu contador e se cadastrar, é bem rápido, beijos querida....

Anônimo disse...

SEM PALAVRAS NEM TENHO O QUE DIZER
BJAO

otto M disse...

Que bela obra, Lari! Bela foto tb.
Nossa, permita-me dizer, mas eu sou seu fã! Parabéns! Muitos "tentam" ser poetas, mas acbam caindo na mesmice, você, ao contrário da medíocridade, sempre inova... não falo isso para jogar confetes não! se eu não gostasse muito de seu trabalho, jamais dividiria minhas fotos contigo, jamais perderia meu tempo comentando, apenas por comentar. Tua arte é grande, moça!

Adorei seu comentário com relação a minha crônica. Graças a pessoas de mente aberta como você, me sinto motivado a continuar escrevendo...

um grande beijo...

obs. A poesia "vida cinza" já está postada, e já tem um comentário, dê uma olhada depois.

Larissa Marques - LM@rq disse...

Sobre a fotografia meu querido, é de meu marido, que é bancário e não fotógrafo, foi um carinho que ele me fez!