Réquiem
Os edifícios cortavam a paisagem densa
Os olhos febris de verão queriam vento
O verde, a mata,
Em algum lugar falavam de fogo
Da fuligem, do mormaço,
Nas janelas embaçadas
Desce úmido um gemido
De dor, de revolta,
A vida era aquele gemido
Remido em sua carne
Banido em qualquer conto
No abrir e fechar dos punhos,
Logo chegaria mais uma noite
E o concreto de um cinza completo
Tornaria-se reluzente,
Com os dedos finos
Ascenderia mais um cigarro
E desenharia no ar com sua fumaça,
As cinzas beijariam o firmamento,
Não tinha respostas
Mas ainda sim a dor indagava
E no jornal o negro estampado
Os olhos lêem o crepúsculo de ontem
Um réquiem deste opúsculo.
Os edifícios cortavam a paisagem densa
Os olhos febris de verão queriam vento
O verde, a mata,
Em algum lugar falavam de fogo
Da fuligem, do mormaço,
Nas janelas embaçadas
Desce úmido um gemido
De dor, de revolta,
A vida era aquele gemido
Remido em sua carne
Banido em qualquer conto
No abrir e fechar dos punhos,
Logo chegaria mais uma noite
E o concreto de um cinza completo
Tornaria-se reluzente,
Com os dedos finos
Ascenderia mais um cigarro
E desenharia no ar com sua fumaça,
As cinzas beijariam o firmamento,
Não tinha respostas
Mas ainda sim a dor indagava
E no jornal o negro estampado
Os olhos lêem o crepúsculo de ontem
Um réquiem deste opúsculo.
RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS E A PROPRIEDADE INTELECTUALCopyright © 2006. É proibida a venda ou reprodução de qualquer parte do conteúdo deste site.
4 comentários:
Olá, Larissa, belo texto! Obrigado pela visita no blog. Claro, pode linkar. Abraços e boa semana, Rodrigo Capella.
Larissa, obrigado. Tb te linkei!!
O olha pela janela, pela fresta, pelo buraco das quimeras, como um voltar ao tempo; ou um vislumbrar o futuro... o querer, o poder e o ter... sempre o mesmo dilema. beijos... fausto
"Desce úmido um gemido De dor, de revolta, A vida era aquele gemido Remido em sua carne." Estes quatro versos possuem uma força extra-poema, são pássaros que podem ser observados e serem lindos mesmo fora da gaiola do poema. Amei este poema, é como diz o famigerado presidente Lula: "corta na carne".
Postar um comentário