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domingo, fevereiro 19, 2006

Caia a noite!
Caia sobre as colchas de quem dorme
Permeie os sonhos com o albor onírico,
Com prazer eterno
Num sonho efêmero,
O gozo veneno
Num corpo moreno
Ao som dos cantos sacros
Oh, negro véu que arrebata
As últimas gotas de sol
No horizonte,
Caia sobre os ombros de quem ainda
Está de pé,
Caia sobre os seios da mais
Linda mulher,
E faça com que seu êxtase
Seja infinito,
Como o imenso Universo sombrio
Que envolve a vida e a morte
Num laço ínfimo e eterno
Noite da vida,
Na vida de morte.
Manhã que tarda,
Manhã que não vem,
Noite caída nas coxas medidas
Nos sonhos obscenos
Segura nos ombros serenos
Descansa, em seios incandescentes.
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5 comentários:

Anônimo disse...

magnífico! Sinto um certo embate entre o pecado e a santidade de um corpo. Pareço ouvir cantos gregorianos num ambiente tropical, ou talvez numa aldeia africana. Você é boa! Acabei de descobrir mais uma grande escritora no recanto! Um beijo

Anônimo disse...

Oi linda, matam no sentido de serem muito bem pensadas e racionalizadas. Ou seja, o que você escreve ser for para exaltar a felicidade será transcendente, agora se for para dar o fara num palhaço, coitado dele, morrerá! Foi esse o sentido. Abração!!!!!! Beijos!!!

Anônimo disse...

Larissaaaaaaaaa, mas que beleza de poesia ! "A noite se perde nas coxas de alguém e eu aqui deitada, olhando o teto e ouvindo: - Talvez!" Bjo no coração e uma boa semana!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Verso do anoitecer que beija a lua, prateando o amor! Beijos, menina Marques!!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Cara confrade, adoro seus escritos. já disse e repito vc consegue cativar-me em tudo o que coloca no papel. pena que ultimamente nao estou tendo muito tempo pra mergulhar e extasiar-me. pasmo diante de seu jogo enredado de palavras e imagens. é um tesouro. Bjos.